Senado dos EUA aprova lei que pode banir TikTok dos EUA; agora só falta sanção de Joe Biden

Três dias após passar no Congresso dos EUA, a lei que pode levar à proibição do TikTok no país foi aprovada na noite desta terça-feira (23) no Senado, por 79 votos a favor e 18 contra.

A legislação faz parte de um pacote de ajuda externa à Ucrânia, Israel e Taiwan, e é baseada no risco à segurança nacional. O argumento é de que o governo da China poderia ter acesso aos dados de usuários da plataforma de propriedade da empresa chinesa ByteDance, como histórico de navegação, geolocalização e informações biométricas.

A lei, que agora só depende da sanção do presidente Joe Biden para entrar em vigor, dá um prazo de nove meses para que o TikTok seja vendido ou tenha que deixar de operar no país, onde tem mais de 170 milhões de usuários e desafiou a hegemonia de plataformas americanas como Instagram e Facebook.

Inclusão em pacote facilitou aprovação da possível proibição do TikTok

Analistas políticos afirmam que a inclusão da lei em torno da proibição do TikTok nos EUA em um pacote de ajuda ajudou a garantir a aprovação. Quando a lei foi votada em primeira instância na Câmara, em março,  havia impressão de que o Senado não seria favorável.

Já o presidente Biden se mostrou deste o início inclinado a sancionar, caso a lei fosse aprovada. No dia 23 de abril, ele reiterou que assinaria “tão logo chegasse à sua mesa”.

Mas o desfecho da história do TikTok nos EUA está longe do fim. A lei prevê 270 dias para que a empresa venda a plataforma ou encerre as operações, prazo que pode ser prorrogado por mais três meses, chegando a um ano.

Isso significa que a decisão final acontecerá já em novo mandato presidencial, podendo ser Joe Biden ou Donald Trump o novo chefe da nação.

Por MediaTalks by J&Cia